Uso da Toalha

Exhibition

A arte é aquilo que torna a vida mais interessante que a arte.
Um dia, saberemos talvez que não havia arte, mas somente a medicina.

Robert Filliou

PERFORMANCE

O que acontece quando, como no Uso da Toalha, a arte ocupa não tanto um espaço mas toma corpo na vivência de um tempo? O que acontece quando esse tempo não repetível se torna a exposição/performance – uma experiência visível e vivível? De onde vem este tempo? Talvez seja, então, este ponto de partida para o Uso da Toalha: tocar o tempo que anteriormente foi representado nas naturezas mortas ao longo da história da pintura. Dar a esse tempo, esse still-life a possibilidade de sair da pintura e habitar entre nós. E dar-nos a nós a possibilidade de viver esse tempo que é o da construção da pintura. Neste caso a pintura começa no dia em que todos nós iniciamos a procura dos alimentos.

Na primeira performance da Uso da Toalha (Mês de Março, 2009, CCL) víamos, no início, uma mulher e um homem a desenrolarem lentamente uma Toalha em cima de uma mesa central. De seguida, a mulher trazia flores-ramos de carqueja, água e pão, intersectando-se este gesto com o do homem que pendurava ramas com limões, laranjas….De seguida os cozinheiros entravam um a um, num número de seis, traziam, cada um, os seus pratos cozinhados ou os seus alimentos colhidos.

Consoante o mês, os alimentos alteram-se. Numa segunda apresentação, Still Life- mês de Junho, 2009 (Museu de Municipal de Óbidos) iniciou-se o processo de participarem na performance não só os cozinheiros como outros intervenientes que trouxerem novos elemento para cima da mesa: a introdução das velas, que eram acendidas uma a uma já em “palco”; um ovo que era trazido por uma mulher grávida; assim como a ênfase que foi dada a que estivessem presentes três gerações, neste caso avó, filha, neta. De seguida, em Still Life #3-construção de uma natureza morta em tempo real (realizada no Lux em Julho de 2009, Lisboa) o número de intervenções e intervenientes foi crescendo.

Algumas marcações da coreografia continuaram, mas foram acrescentadas assumidamentemais pequenas acções: o descascar do feijão, o arranjar o milho…Em Uso da Toalha pelaTaberna do Armando, realizada no mês de Agosto 2009 (Montemor-o-Novo) pela primeira vezfez parte da coreografia o pôr a mesa completa, e assim 50 pratos brancos, talheres, copos…foram postos na mesa corrida como parte integrante desta coreografia de rua.A cada nova apresentação, a cada nova pintura, a cada diferente mês muita coisa se experimenta intencionalmente de novo, porque de cada vez de uma nova obra se trata.

Nesta performance Uso da toalha (Novembro), Um dois ou muitos é a primeira vez que é trabalhada por um grupo tão grande, é a primeira vez também que os próprios intervenientes se põem em campo para descobrir outros intervenientes e os adereços – alimentos da performance. É também a primeira vez que é assumidamente uma performance em que os alimentos são exclusivamente colhidos ou encontrados por todos nós (onde é feito um levantamento fotográfico, oral e escrito para a compilação de um caderno de Campo) e em que a regra é nada se compra. É sobretudo a primeira vez em que estas instruções todas juntas formam um Território a ser coreografado a partir desse encontro desmultiplicado.


Uma performance de Marta Wengorovius e Rosário Magalhães com a colaboração de Alexandra Alegre, Carmo Wengorovius, Diogo Pimentel, Francisca do Vale, Francisco Teixeira Bastos, Graça Wengorovius, Madalena Wengorovius, Manuel Figueira, Paulo Condessa, Teresa Heitor e Adriana Azevedo, Adriana Carvalho, Ana Correia, Ana Ferreira, Ana Fiúza, Ana Pratas, Ana Ramos, Ana Santos, Beatriz Brinco, Carmo Cardoso, Carolina Loureiro, Carolina Prazeres, Carolina Sottomayor, Carlota Meirelles, Catarina Pinto, Catarina Rocha, Cláudia Pinhão, Daniela Cunha, Diana Tomaz, Diogo Bento, Eloísa Pina, Filomena Safara, Joana Salta, Joana Cabral, Joana Palma, João Camacho, João Endrenço, João Miranda, José Amaral, José Mirante, Laura Pereira, Leonor Pinto, Lourenço Gonçalves, Lúcia Sebastião, Manuel Campos, Maria Abreu, Maria Francisca Amaral, Maria Banha, Maria Barreto, Maria Captivo, Maria Ilharco, Maria Meirelles, Maria Moreira, Maria Osório, Maria Rezende, Maria Ponte, Matilde Lobão, Micaela Pinto, Miguel Gracias, Nadia Albuquerque, Patrícia Elias, Paulo Campos, Ricardo Bernardino, Rita Santos, Rita Silva, Sofia Feist, Telma Costa, Tomás Cruz, Vanessa Formas, Vanessa Medeiros, Vasco Baldé, Vitória Pereira, Vítor Monteiro, Wu Zhen, Wilson Capitão, Yany Gayo.

A arte é aquilo que torna a vida mais interessante que a arte.
Um dia, saberemos talvez que não havia arte, mas somente a medicina.

Robert Filliou

PERFORMANCE

What happens when, as in the Towel Use , the art takes not much space in the living body but takes a while? What happens when that time becomes unrepeatable exhibition / performance – a visible experience and livable? Whence comes this time? Perhaps, then, the starting point for the Use of Towel : play time that was previously depicted in still lifes throughout the history of painting. Give it time, this still-life the opportunity to leave the painting and dwelt among us. And give to us the possibility to live this time which is the construction of the painting . In this case the painting begins the day we all started to demand food.

The first performance of the Use of Towel (Month of March, 2009, CCL) we saw at the beginning, a woman and a man slowly unfold a tablecloth over a table centerpiece. Then the woman brought flowers, branches of gorse, water and bread, intersecting with this gesture of the man hanging branches with lemons, oranges…Then the cooks entered one by one, in number six, bore, each, their dishes or their food harvested.

Depending on the month, the foods are altered. In a second presentation, Still Life, June, 2009 (Museum of Municipal de Óbidos) began the process of participating in performance not only cooks and other actors who bring new element to the table: the introduction of the candles that were lit one by one already in “stage”, an egg that was brought by a pregnant woman, as is the emphasis that was given to three generations that were present in this case grandmother, daughter and granddaughter. Then, in Still Life # 3-construction of a still life in real time (held at the Lux in July 2009, Lisbon) the number of interventions and actors was growing.

Some markings choreography continued, but were added assumidamentemais small measures: the shelling beans, corn fix … In the Towel pelaTaberna Use of Armando , held in August 2009 (Montemor it -New) vezfez the first part of the choreography to put the whole table, and so 50 white plates, cutlery, glasses were put on the table … the race as part of this choreography rua.A each new presentation, with each new painting, every other month was much intentionally try again because each time a new piece is about.

Use of this performance towel (November) , a two or a lot is the first time that is worked by a large group, is also the first time that the players themselves put into the field to find other players and the props – food performance. It is also the first time which is admittedly a performance in which food is harvested or found exclusively for us (which is made a photographic survey, oral and written to compile a notebook of course) and where the rule is nothing purchase. Above all, the first time that all these steps together form a Territory to be choreographed from that meeting Gear.


A performance of Marta Wengorovius Rosário and Magalhães in collaboration with Alexandra Alegre, Carmo Wengorovius, Diogo Pimentel, Francisca do Vale, Francisco Teixeira Bastos, Graça Wengorovius, Madalena Wengorovius, Manuel Figueira, Paulo Condessa, Teresa Heitor e Adriana Azevedo, Adriana Carvalho, Ana Correia, Ana Ferreira, Ana Fiúza, Ana Pratas, Ana Ramos, Ana Santos, Beatriz Brinco, Carmo Cardoso, Carolina Loureiro, Carolina Prazeres, Carolina Sottomayor, Carlota Meirelles, Catarina Pinto, Catarina Rocha, Cláudia Pinhão, Daniela Cunha, Diana Tomaz, Diogo Bento, Eloísa Pina, Filomena Safara, Joana Salta, Joana Cabral, Joana Palma, João Camacho, João Endrenço, João Miranda, José Amaral, José Mirante, Laura Pereira, Leonor Pinto, Lourenço Gonçalves, Lúcia Sebastião, Manuel Campos, Maria Abreu, Maria Francisca Amaral, Maria Banha, Maria Barreto, Maria Captivo, Maria Ilharco, Maria Meirelles, Maria Moreira, Maria Osório, Maria Rezende, Maria Ponte, Matilde Lobão, Micaela Pinto, Miguel Gracias, Nadia Albuquerque, Patrícia Elias, Paulo Campos, Ricardo Bernardino, Rita Santos, Rita Silva, Sofia Feist, Telma Costa, Tomás Cruz, Vanessa Formas, Vanessa Medeiros, Vasco Baldé, Vitória Pereira, Vítor Monteiro, Wu Zhen, Wilson Capitão, Yany Gayo.

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PT

A arte é aquilo que torna a vida mais interessante que a arte.
Um dia, saberemos talvez que não havia arte, mas somente a medicina.

Robert Filliou

PERFORMANCE

O que acontece quando, como no Uso da Toalha, a arte ocupa não tanto um espaço mas toma corpo na vivência de um tempo? O que acontece quando esse tempo não repetível se torna a exposição/performance – uma experiência visível e vivível? De onde vem este tempo? Talvez seja, então, este ponto de partida para o Uso da Toalha: tocar o tempo que anteriormente foi representado nas naturezas mortas ao longo da história da pintura. Dar a esse tempo, esse still-life a possibilidade de sair da pintura e habitar entre nós. E dar-nos a nós a possibilidade de viver esse tempo que é o da construção da pintura. Neste caso a pintura começa no dia em que todos nós iniciamos a procura dos alimentos.

Na primeira performance da Uso da Toalha (Mês de Março, 2009, CCL) víamos, no início, uma mulher e um homem a desenrolarem lentamente uma Toalha em cima de uma mesa central. De seguida, a mulher trazia flores-ramos de carqueja, água e pão, intersectando-se este gesto com o do homem que pendurava ramas com limões, laranjas….De seguida os cozinheiros entravam um a um, num número de seis, traziam, cada um, os seus pratos cozinhados ou os seus alimentos colhidos.

Consoante o mês, os alimentos alteram-se. Numa segunda apresentação, Still Life- mês de Junho, 2009 (Museu de Municipal de Óbidos) iniciou-se o processo de participarem na performance não só os cozinheiros como outros intervenientes que trouxerem novos elemento para cima da mesa: a introdução das velas, que eram acendidas uma a uma já em “palco”; um ovo que era trazido por uma mulher grávida; assim como a ênfase que foi dada a que estivessem presentes três gerações, neste caso avó, filha, neta. De seguida, em Still Life #3-construção de uma natureza morta em tempo real (realizada no Lux em Julho de 2009, Lisboa) o número de intervenções e intervenientes foi crescendo.

Algumas marcações da coreografia continuaram, mas foram acrescentadas assumidamentemais pequenas acções: o descascar do feijão, o arranjar o milho…Em Uso da Toalha pelaTaberna do Armando, realizada no mês de Agosto 2009 (Montemor-o-Novo) pela primeira vezfez parte da coreografia o pôr a mesa completa, e assim 50 pratos brancos, talheres, copos…foram postos na mesa corrida como parte integrante desta coreografia de rua.A cada nova apresentação, a cada nova pintura, a cada diferente mês muita coisa se experimenta intencionalmente de novo, porque de cada vez de uma nova obra se trata.

Nesta performance Uso da toalha (Novembro), Um dois ou muitos é a primeira vez que é trabalhada por um grupo tão grande, é a primeira vez também que os próprios intervenientes se põem em campo para descobrir outros intervenientes e os adereços – alimentos da performance. É também a primeira vez que é assumidamente uma performance em que os alimentos são exclusivamente colhidos ou encontrados por todos nós (onde é feito um levantamento fotográfico, oral e escrito para a compilação de um caderno de Campo) e em que a regra é nada se compra. É sobretudo a primeira vez em que estas instruções todas juntas formam um Território a ser coreografado a partir desse encontro desmultiplicado.


Uma performance de Marta Wengorovius e Rosário Magalhães com a colaboração de Alexandra Alegre, Carmo Wengorovius, Diogo Pimentel, Francisca do Vale, Francisco Teixeira Bastos, Graça Wengorovius, Madalena Wengorovius, Manuel Figueira, Paulo Condessa, Teresa Heitor e Adriana Azevedo, Adriana Carvalho, Ana Correia, Ana Ferreira, Ana Fiúza, Ana Pratas, Ana Ramos, Ana Santos, Beatriz Brinco, Carmo Cardoso, Carolina Loureiro, Carolina Prazeres, Carolina Sottomayor, Carlota Meirelles, Catarina Pinto, Catarina Rocha, Cláudia Pinhão, Daniela Cunha, Diana Tomaz, Diogo Bento, Eloísa Pina, Filomena Safara, Joana Salta, Joana Cabral, Joana Palma, João Camacho, João Endrenço, João Miranda, José Amaral, José Mirante, Laura Pereira, Leonor Pinto, Lourenço Gonçalves, Lúcia Sebastião, Manuel Campos, Maria Abreu, Maria Francisca Amaral, Maria Banha, Maria Barreto, Maria Captivo, Maria Ilharco, Maria Meirelles, Maria Moreira, Maria Osório, Maria Rezende, Maria Ponte, Matilde Lobão, Micaela Pinto, Miguel Gracias, Nadia Albuquerque, Patrícia Elias, Paulo Campos, Ricardo Bernardino, Rita Santos, Rita Silva, Sofia Feist, Telma Costa, Tomás Cruz, Vanessa Formas, Vanessa Medeiros, Vasco Baldé, Vitória Pereira, Vítor Monteiro, Wu Zhen, Wilson Capitão, Yany Gayo.

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EN

A arte é aquilo que torna a vida mais interessante que a arte.
Um dia, saberemos talvez que não havia arte, mas somente a medicina.

Robert Filliou

PERFORMANCE

What happens when, as in the Towel Use , the art takes not much space in the living body but takes a while? What happens when that time becomes unrepeatable exhibition / performance – a visible experience and livable? Whence comes this time? Perhaps, then, the starting point for the Use of Towel : play time that was previously depicted in still lifes throughout the history of painting. Give it time, this still-life the opportunity to leave the painting and dwelt among us. And give to us the possibility to live this time which is the construction of the painting . In this case the painting begins the day we all started to demand food.

The first performance of the Use of Towel (Month of March, 2009, CCL) we saw at the beginning, a woman and a man slowly unfold a tablecloth over a table centerpiece. Then the woman brought flowers, branches of gorse, water and bread, intersecting with this gesture of the man hanging branches with lemons, oranges…Then the cooks entered one by one, in number six, bore, each, their dishes or their food harvested.

Depending on the month, the foods are altered. In a second presentation, Still Life, June, 2009 (Museum of Municipal de Óbidos) began the process of participating in performance not only cooks and other actors who bring new element to the table: the introduction of the candles that were lit one by one already in “stage”, an egg that was brought by a pregnant woman, as is the emphasis that was given to three generations that were present in this case grandmother, daughter and granddaughter. Then, in Still Life # 3-construction of a still life in real time (held at the Lux in July 2009, Lisbon) the number of interventions and actors was growing.

Some markings choreography continued, but were added assumidamentemais small measures: the shelling beans, corn fix … In the Towel pelaTaberna Use of Armando , held in August 2009 (Montemor it -New) vezfez the first part of the choreography to put the whole table, and so 50 white plates, cutlery, glasses were put on the table … the race as part of this choreography rua.A each new presentation, with each new painting, every other month was much intentionally try again because each time a new piece is about.

Use of this performance towel (November) , a two or a lot is the first time that is worked by a large group, is also the first time that the players themselves put into the field to find other players and the props – food performance. It is also the first time which is admittedly a performance in which food is harvested or found exclusively for us (which is made a photographic survey, oral and written to compile a notebook of course) and where the rule is nothing purchase. Above all, the first time that all these steps together form a Territory to be choreographed from that meeting Gear.


A performance of Marta Wengorovius Rosário and Magalhães in collaboration with Alexandra Alegre, Carmo Wengorovius, Diogo Pimentel, Francisca do Vale, Francisco Teixeira Bastos, Graça Wengorovius, Madalena Wengorovius, Manuel Figueira, Paulo Condessa, Teresa Heitor e Adriana Azevedo, Adriana Carvalho, Ana Correia, Ana Ferreira, Ana Fiúza, Ana Pratas, Ana Ramos, Ana Santos, Beatriz Brinco, Carmo Cardoso, Carolina Loureiro, Carolina Prazeres, Carolina Sottomayor, Carlota Meirelles, Catarina Pinto, Catarina Rocha, Cláudia Pinhão, Daniela Cunha, Diana Tomaz, Diogo Bento, Eloísa Pina, Filomena Safara, Joana Salta, Joana Cabral, Joana Palma, João Camacho, João Endrenço, João Miranda, José Amaral, José Mirante, Laura Pereira, Leonor Pinto, Lourenço Gonçalves, Lúcia Sebastião, Manuel Campos, Maria Abreu, Maria Francisca Amaral, Maria Banha, Maria Barreto, Maria Captivo, Maria Ilharco, Maria Meirelles, Maria Moreira, Maria Osório, Maria Rezende, Maria Ponte, Matilde Lobão, Micaela Pinto, Miguel Gracias, Nadia Albuquerque, Patrícia Elias, Paulo Campos, Ricardo Bernardino, Rita Santos, Rita Silva, Sofia Feist, Telma Costa, Tomás Cruz, Vanessa Formas, Vanessa Medeiros, Vasco Baldé, Vitória Pereira, Vítor Monteiro, Wu Zhen, Wilson Capitão, Yany Gayo.